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terça-feira, 4 de setembro de 2012

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O que fazer quando a criança só quer a mamãe?

Se você assim como muitas mães enfrentam esta dificuldade e a resistencia de seu filho só querer você e não ficar com outras pessoas, entenda porque isto acontece e o que fazer para mudar, com estas dicas do site Bebe Abril:
 
 
Confira as dicas abaixo:

Quando a criança não fica bem com outras pessoas
Para evitar deixar os filhos muito pequenos em creches, alguns pais optam por uma babá ou contam com a ajuda dos avós. Porém, basta a mãe sair de cena para que a criança a abra o berreiro.
Este comportamento é natural, nas primeiras vezes em que os bebês se distanciam das mães. “Em seu cérebro, a criança tem um programa de reconhecimento e apego em relação à figura materna. A mãe é sempre vista como o modelo protetor, aquela que nutre, acolhe e protege”, conta o psicobiólogo Ricardo Monezi, pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Se a adaptação estiver complicada, porém, os pais precisam compreender que o filho não é o único responsável pelos tropeços na separação. “Trata-se de uma interação entre bebê e mãe, portanto a atitude de um interfere na do outro, mas é uma relação dissimétrica, já que a mãe é adulta e está bem inserida no meio, enquanto o bebê é desamparado”, diz a psicanalista Leda Bernardino, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
Uma das principais causas da dependência tão grande é o zelo excessivo dos pais. “A mãe que quer fazer tudo sozinha pelo filho e não permite aproximação dos outros pode atrapalhar o desenvolvimento social da criança”, afirma Monezi. A personalidade do pequeno também entra no rol dos fatores que interferem na capacidade de adaptação, quando determina uma tendência ao apego exagerado ou à não aceitação do distanciamento, após o término da licença-maternidade.
 
Afaste-se aos poucos
É importante que, durante os primeiros meses de total proximidade entre mãe e filho, ela tenha consciência de que esta condição não irá durar para sempre. “Quanto mais você grudar no seu filho e não pensar que no mês que vem terá que trabalhar, mais difícil será a separação. Se você está em casa, de licença-maternidade, aproveite e vá até a esquina fazer a unha ou à feira e deixe a criança ficar um pouco com outra pessoa”, aconselha a psicóloga Ana Maria Mello, ligada à Faculdade de Educação da USP.
Para auxiliar na adaptação da criança a outras pessoas, Monezi propõe realizar um processo chamado dessensibilização, no qual o vínculo excessivo se afrouxa aos poucos. O método consiste em adaptar o pequeno, gradualmente, à condição que causa desconforto. Ou seja, a mãe deve procurar ficar cada vez menos tempo com o cuidador e a criança. “Desta forma, ela se sente segura e percebe continua assistida”, explica o especialista.
O cuidador também pode tomar atitudes que facilitam a aproximação. Inicialmente, é aconselhável que ele fique próximo da mãe para que a criança veja que o outro adulto também merece a confiança dela. Outra boa dica é se abaixar na altura da criança e conversar com ela olhando nos olhos, o que atenua a postura de superioridade. Se a criança estiver no espaço dela com os brinquedos, é interessante que este cuidador também se aproxime e tente iniciar uma brincadeira.
Outra orientação valiosa é não assustar a criança. Para evitar que isso aconteça, o adulto nunca deve se aproximar de maneira brusca. É importante se certificar de que o baixinho notou sua presença. Forçar um vínculo ao abraçar ou beijar o pequeno a todo o momento também não é uma boa estratégia. Com relação à alimentação, primeiramente o cuidador precisa observar como a mãe alimenta o filho para, depois, assumir este papel. “O adulto deve ser perseverante para conquistar o amor que a criança tem para dar, mas nada funciona de maneira súbita e agressiva, pois pode causar trauma”, alerta Monezi.
Caso a criança fique na casa do cuidador, vale tornar o local mais agradável a ela. “Trazer objetos da casa da criança ajuda bastante, pode ser um brinquedo ou um paninho, por exemplo”, sugere Bernardino.
Até um ano de idade, é esperado que o bebê leve entre três e seis meses para se adaptar com o cuidador, já entre um e três anos a expectativa é que a adaptação aconteça entre um e três meses. Caso a criança continue infeliz, é importante que os pais fiquem atentos. “Se ela não quiser ficar com o adulto, você pode se questionar se existe alguma razão pessoal. Talvez não seja uma boa ideia forçar o seu filho a ficar com este cuidador específico”, propõe a psicóloga Maria Luisa Valente, professora de terapia familiar na Universidade Estadual Paulista (UNESP).

 
Problemas na escola
Se a adaptação pode ser difícil quando a criança ainda é o centro das atenções do cuidador, ao ter que dividir os cuidados com outros pequenos a situação pode ficar bem complicada. A fase em que a criança costuma enfrentar mais dificuldades para se adaptar à escola ou à creche é entre um e cinco anos de idade.
Assim como nos problemas de adaptação a um cuidador, neste caso os pais também têm a sua parcela de responsabilidade. “Muitas vezes os pais não conseguem perceber que a dinâmica de seu relacionamento com a criança causa extrema dependência. Em alguns casos, a mãe fala para o filho ficar na escola, mas está quase chorando também”, diz a pedagoga Silvia Colelo, professora de psicologia da educação na Faculdade de Educação da USP.
Os pais podem tomar algumas atitudes para fazer com que a adaptação seja mais fácil. Uma delas é deixar a criança na sala de aula com os colegas, o professor e os brinquedos, enquanto a mãe fica em um lugar sem atrativos, mas que a criança consiga acessar. Algo como um corredor ou uma antessala.
A mãe não pode entrar no espaço da sala de aula porque a criança irá entender que pode ter tudo: a mãe, os brinquedos e os coleguinhas. Ela pode permanecer na escola durante alguns dias, cada vez por menos tempo, até que a adaptação seja completa.
Também é recomendado que ela avise ao filho que vai embora, sem nunca mentir, dizendo que vai ficar e sair de fininho. Ao explicar para o pequeno quando irá voltar para buscá-lo, é interessante que o faça por meio das atividades. “Não adianta dizer ‘daqui a duas horas venho te buscar’, tem que pensar em função das atividades, por exemplo: primeiro você vai para o parque, depois vai lanchar, depois brincar com massinha e depois a mamãe chega”, exemplifica Colelo.
O período de adaptação dura no máximo 20 dias. “Quando os problemas persistem, tentamos detectar o que está acontecendo e, não raro, encontramos uma mãe angustiada e com medo”, diz Colelo.
O educador também precisa colaborar. É importante que ele se informe sobre os hábitos da criança. Em alguns casos, o problema pode, de fato, ser com a escola, mas isso costuma ser constatado a médio prazo, após alguns meses. Os pais devem desconfiar quando percebem que a criança não está bem, mesmo que vá para as aulas sem grande resistência. “Até os dez anos, os pequenos devem amar a escola”, conta Colelo.
Quando isto acontece, o assunto deve ser abordado com os educadores e a solução pode variar desde uma transferência de sala até a mudança para outra escola. “Há pais que são mais liberais e colocam os filhos em colégios mais rígidos, ou ao contrário. Assim, podem ocorrer conflitos. Os pais devem buscar uma escola ligada com o seu modelo de vida”, afirma Colelo.

 
Só no colo da mamãe
Nos primeiros meses de vida, o bebê tende a ficar bastante no colo da mãe. A encrenca é quando ele se acostuma tanto que não aceita outros lugares. Daí, o nenê chora ao ser colocado em um carrinho ou no berço. A explicação para este comportamento é muito mais biológica do que psicológica.
O responsável por isto é o hormônio ocitocina. “É ele que faz com que a mãe reconheça o filho e vice-versa, ele estreita os laços da mãe com o bebê e está muito presente na primeira infância”, explica Monezi. Então, o hormônio contribui para que, nesta fase, o bebê queira ficar, apenas, com aquela pessoa que ele tem maior capacidade de reconhecer.
Apesar de auxiliar na relação especial entre mãe e filho, a ocitocina também pode ser vilã. Isso porque algumas mães apresentam taxas elevadas deste hormônio, a ponto de desenvolverem um sentimento tão forte pelo filho que não quer compartilhá-lo com as demais pessoas. “Isto ocorre mais frequentemente com mulheres que tentaram engravidar por um longo tempo”, observa Monezi.
O costume de não largar o colo da mãe leva um tempo para ser solucionado. “Não adianta que o bebê fique 6 meses no colo e, de repente, a mãe tente adaptá-lo ao carrinho ou berço. Vale começar fazendo pequenos intervalos entre o carrinho e os braços, algo como: colo da mãe, do pai e carrinho”, diz Monezi.
Torne o local em que a criança irá ficar mais interessante. Brinquedos e objetos lúdicos contribuem bastante. A presença da mãe é importante, mesmo quando o baixinho estiver no carrinho ou no berço.
Se você ainda não se convenceu que deve resistir à tentação de pegar o seu filho no colo a todo instante, mais um argumento irrefutável: em demasia, o costume pode acarretar problemas à sua saúde. “Os tendões em torno dos ombros e cotovelos ficam sobrecarregados e o movimento de se abaixar para pegar a criança prejudica a lombar”, afirma o ortopedista e traumatologista Luis Eduardo Munhoz da Rocha, presidente da Sociedade Brasileira de Coluna. Para atenuar esse impacto, procure apoiar o pequeno em seu quadril, pois, assim, o peso é direcionado para os membros inferiores.

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